Às religiões que se conectam com entidades e incorporam, são os jinns? Eles cultuam e fazem trabalho para os jinns?

No Islã, a crença em jinns é reconhecida, mas a ideia de que pessoas possam se conectar ou incorporar entidades espirituais é vista com ceticismo e cautela. Aqui está a visão islâmica sobre o tema:

### Jinns no Islã

1. Natureza dos Jinns:

- Os jinns são seres criados por Allah a partir de fogo sem fumaça. Eles têm livre-arbítrio, assim como os humanos, e podem ser bons ou maus.

- Surata Al-Hijr (15:27): "E o jinn, criamo-lo antes, de fogo sem fumaça."

2. Interação com Humanos:

- Embora os jinns possam interagir com humanos, o Islã desencoraja qualquer tentativa de comunicação ou culto a eles. Isso é visto como desvio da adoração exclusiva a Allah.

### Conexão e Incorporação

1. Incorporação:

- A ideia de que pessoas podem incorporar entidades espirituais não é apoiada no Islã. Tais fenômenos são frequentemente atribuídos a distúrbios psicológicos ou enganos.

2. Culto e Trabalhos Espirituais:

- O culto a jinns ou a tentativa de usar jinns para realizar trabalhos espirituais é estritamente proibido. Isso é considerado shirk (associação de parceiros a Allah), que é um pecado grave.

- Surata Al-Jinn (72:6): "E havia homens, entre a humanidade, que buscavam refúgio em homens, entre os jinns, mas eles apenas os aumentaram em erro."

O Islã ensina que a adoração e a busca de ajuda devem ser dirigidas exclusivamente a Allah. Qualquer prática que envolva a tentativa de se conectar ou incorporar entidades espirituais, como jinns, é desencorajada e considerada um desvio da fé islâmica. Os muçulmanos são aconselhados a buscar proteção e orientação através da oração e da recitação do Alcorão.

Não há registros amplamente reconhecidos de aiatolás xiitas que apoiem a ideia de que jinns possam incorporar ou tomar posse do corpo de uma pessoa. A visão predominante é que tais fenômenos são mais bem explicados por distúrbios psicológicos ou outras causas naturais. Os aiatolás geralmente aconselham buscar proteção através da oração e da recitação do Alcorão, e não se envolver em práticas supersticiosas.